quinta-feira, 26 de julho de 2018

A racionalidade explica de modo fácil e leve que é só deixar seguir.
Medita. Deixa para lá. Explica.
Daí você encontra e parece que foi ontem.
Dá vontade de tocar, abraçar, passar a noite conversando.
Dá vontade de beijar, deixar o corpo deslizar...
Respira.
Inspira.
Expira.
Sai de perto.

Fica o vazio que só foi tapado com folhas soltas.
Passar o dia com as meninas... e a sensação que tudo era para ser simples.
Era só estar ali.
A conversa na mesa, o comentário do futebol, o programa perdido.
Silêncio.
Não se fala.
Os olhos se enchem de lágrimas.
Vamos seguir.
Coloca som na caixa, levanta a cabeça.

O tempo faz passar. Vai passar.
Você sabe que não era nada além de uma ilusão.
Uma benção não estar com o quase...
A sina do quase...
A vontade de ser por inteiro.
A impossibilidade de ser inteiro com quem não quer.
Nada de mais.
Mas o Ronaldinho é sim melhor que o Messi. E ele seria sim melhor na pelada.

Efeitos da solidão.
Já vai passar.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Hoje está um pouquinho difícil levantar.
Hoje está um pouco mais difícil fazer as coisas...

** Só depende de mim**

domingo, 8 de julho de 2018

Tudo só depende de mim.
- Não reclamar.
- Agradecer. Ser grato.
- Pensamentos positivos.
- Acreditar nos meus sonhos.
- Ser livre.
- Não esperar nada do outro.
- Não brigar.
- Ter fé.
- Aceitar as coisas como elas são.

... é que sou mesmo incompetente e não consigo fazer nada disso.
Tudo só depende de mim.
Eu que no fundo não quero mudar.
Eu que me alimento da minha própria dor.
Não há porque ter medo da minha filha com o pai. Devo confiar (coração dói só de pensar isso).
Não há porque temer.
Só deixar para lá e viver a minha vida.
Se reclamo é porque sou mal resolvida. Sou louca. Sou essa merda.

Sei que um dia tudo vai passar. Por enquanto isso tudo dói.
Preciso me recolher.
Ficar só.
Não atrapalhar mais ninguém.
Não beber.
Não sair.
Não falar das minhas dores.
Sorrir.
Seguir.
Chorar somente às 3 da manhã, sozinha na cama.
Sozinha.
Sozinha.
Sozinha.

Talvez fosse só fome, mas a tristeza era tão grande que não queria ir até à cozinha.  Talvez se dormisse melhorasse, mas a dor na alma não a deixava descansar.
Queria poder falar, sentia-se só. As coisas aconteciam e parecia que seu tempo era outro.
Tentou falar. Chorou. Mas estava bêbada e ninguém a ouviu. As lágrimas desceram. O pranto secou. A vontade de ir embora só aumentava. Se sentia uma fracassada. Fraca. Inútil. Não tinha muito mesmo com o que contribuir no mundo.
Via tudo se desmoronando a sua volta. Cansada. Exausta. Queria ir.
Via perdendo sua filha. Chorava. Sua luta em nada resultava. Sensação de ter que pensar em tudo sozinha. Não sabia mais o que era o certo. Parecia que tudo era falso.
Sabia que lhe doiria, mas que acabaria por, mais uma vez fazer as vontades do pai da criança. Não tem, nunca teve e nunca terá forças para lutar contra ele. Ele sempre vence. Sempre.
Não queria mais ver ninguém.
Somente mesmo ir trabalhar. Era o que lhe restava. Precisava ganhar aquele dinheiro para pagar as dívidas.
Comprou um sapato. Vai faltar no fim do mês.
Há anos não comprava um sapato.
Já está no cheque especial e nem começou a pagar as contas.
Parar de sair. Não pode mais.
Melhor assim.
As pessoas são felizes e têm a vida com amigos.
As pessoas têm em quem confiar.
As pessoas conversam.
Ela não.

domingo, 1 de julho de 2018